quarta-feira, 25 de maio de 2011

Pavilhão Barcelona







Quando comecei a estudar arquitetura o Mies era meu arquiteto preferido. 
Pensava que, conforme crescesse, mudaria de idéia, conheceria outros, me 
encantaria por uma arquitetura mais contemporânea. Mas não, quanto mais 
o tempo passa, mais gosto dele. 

Demorei para entender suas obras, ir além da sua beleza estética e perceber 
o que estava por trás. Mas depois de conhecer algumas de suas obras e de
uma aula sobre o Pavilhão Barcelona, descobri mensagens em seus edifícios 
e passei a admirá-lo ainda mais. 

Construído para representar a Alemanha na feira mundial de 
1929 em Barcelona, o curioso é entender o porquê deste país, com o 
nazismo em ascensão, contratar um arquiteto modernista como Mies van 
der Rohe. Como esperado, seu edifício não tinha absolutamente nada a ver 
com as outras obras construídas na feira. E é exatamente este diferencial, 
esta sensação de pioneirismo, que os alemães buscavam quando o contrataram. 

Apesar de aceitar o encargo, Mies era contra o regime, e isso fica claro 
analisando o pavilhão. Consciente do poder das imagens e dos símbolos, ele, 
em pequenos elementos presentes no projeto, dá pistas da sua posição política. 

Não posso contar tudo para não estragar a surpresa. Só posso dizer que é 
preciso analisá-lo com calma. Posso dar umas dicas: ele tem elementos de
uma arquitetura conhecida? Onde está a bandeira alemã? O que está fazendo 
a escultura? As respostas não são tão difíceis, mais difícil é entender o que está  
por trás delas.

Preciso parar senão vou contar tudo, como meu padrasto, que conta o final 
dos filmes....




É preciso atenção para as imagens de Thomas Demand. Ele registra 
maquetes de papel que recriam fotografias publicadas nos 
meios de comunicação.

Um comentário:

  1. Ah, puxa, conta mais detalhes. Sabe lá quando vou visitar o Pavilhão de Barcelona?
    Saudades do padastro.

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