terça-feira, 16 de novembro de 2010

Memorial do Holocausto






















Dedico esta postagem a Manu, uma amiga muito querida, que tem uma
paixão especial por este lugar.

Já faz tempo que quero escrever sobre lugares fora de Barcelona e
aproveitando que viajei neste final de semana (por isso atrasei as
postagens), acho que agora é uma boa hora. Começo por uma cidade que,
apesar de não ter gostado na primeira vez que fui, dei uma segunda chance,
e hoje é uma das minhas preferidas. 

Berlin é cheia de cantos especiais e surpreendentes e, um dos que mais me
impressionou é o Memorial do Holocausto. Uma obra que gerou muita
polêmica, tanta que parecia que nunca ficaria pronta, mas muito forte,
sensível, um marco na cidade. 

Apesar das críticas, o projeto do arquiteto Peter Eisenman, inaugurado em 
2005, já foi visitado por mais de 8 milhões de pessoas do mundo todo. Suas 
2711 colunas de concreto aparente, com diferentes alturas, e o seu solo 
ondulado, constrõem uma topografia na cidade. A obra modifica a paisagem, 
intensifica a predominância geométrica e cinza de Berlin. Mas ao contrário 
do resto da cidade, é densa, compacta.  

Percorrer seus 90 mil metros quadrados é uma experiência inesquecível. O
espaço te suga, te convida a entrar e não te ajuda a sair. Gera claustrofobia,
aflição e, apesar da visão do exterior, gera uma sensação de estar preso em
um labirinto sem fim. A memória dos 6 milhões de judeus mortos no terceiro
Reich está presente o tempo todo nos seus estreitos corredores (com 95cm
de largura). Assim como no seu subsolo, super difícil de encontrar porque
não tem nenhuma indicação. Nele o visitante encontra imagens e registros
de época, além de um banco de dados com a biografia de 700 vítimas do
holocausto.  

Não dá para visitar a cidade e não passar um bom tempo lá. É fácil, porque
além de tudo, ele fica entre o portão de Brandemburgo e a Potsdamer Platz,
dois endereços chave.





¨Spiral Jetty¨ de 1970, obra do artista norte americano Robert Smithson. O grande espiral construído
com pedras e lama cria uma nova atmosfera e realidade na paisagem deste lago em Utah. 
Smithson, junto com outros nomes como James Turrel e Walter de Maria, forma uma corrente artística 
chamada Land Art. Artistas que tem a paisagem e seus materiais como objeto de exploração, estudo 
e intervenção.

Um comentário:

  1. Muito fortes as imagens do memorial. Uma beleza inquietante. Vc está cada vez ++++ Beijão H.

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