O Vitra Campus é um complexo de edifícios criado pela Vitra, uma empresa
de objetos e mobiliário de design. Ele fica na Alemanha, em Weil am Rhein,
mas está ao lado de Basel, cidade suiça que recomendo dar uma passada.
Seu conceito surgiu depois de um incêndio em 1981 que destruiu
praticamente toda a antiga fábrica da empresa. A idéia era reconstruí-la com
uma arquitetura funcional, um entorno que motivasse e um forte conceito
estético por trás. Para isso eles convidaram os principais arquitetos e
escritórios de arquitetura do mundo para projetar os novos edifícios.
Nicholas Grimshaw foi quem projetou o primeiro edifício da nova leva.
Depois dele veio uma sequência impressionante: as fábricas, por Alvaro Siza
e pelos japoneses do SANAA; o Vitra Haus, espécie de loja museu com os
produtos da marca pelos suiços Herzog e De Meuron; o Vitra Design Museum
pelo americano Frank Gehry; o centro de conferências de Tadao Ando. Estes
são só alguns exemplos.
O complexo tem edifícios de Zaha Hadid, Jean Prouvé, Buckminster Fuller e
até a parada de ônibus foi projetada pelo designer Jasper Morrison.
Também difícil esperar outra coisa de um nome como a Vitra que há 50 anos
produz móveis desenhados pelos principais designers vivos e que já passaram
por aqui. Phillipe Starck, Charles e Ray Eames, Verner Panton, Eero Saarinen,
Max Bill, Josef Albers são só alguns deles.
Este lugar poderia render cinco posts pela quantidade de coisas para ver e
descobrir lá. Tanta coisa que apelidei de parque de diversões para arquitetos
e designers. Mas a verdade é que acho quase impossível não gostar da Vitra.
Nesta obra, Split House, Gordon Matta-Clark parte cuidadosamente ao meio
esta casa. O artista americano, formado em arquitetura, se encanta com o
movimento da desconstrução e realiza diversas intervenções em casas
abandonadas na década de 70. Matta Clark trabalha com o espaço, tira
secções, retira fachadas, intervém nos edifícios construindo outra realidade.