O Rolex Center sem dúvida é um dos projetos mais impressionantes que
conheci. Uma grande plataforma topográfica onde os relevos definem os
programas.
Este centro, localizado no interior da EPFL, a Escola Politécnica de
Lausanne, foi desenvolvido para ser ocupado por seus estudantes,
professores e visitantes. Um local de encontro com restaurante,
cafeteria, biblioteca, mesas de estudo, almofadas para descanso. Enfim,
um abrigo rodeado pelos Alpes Suiços.
O projeto desenvolvido pela dupla de arquitetos japoneses do SANAA
é absolutamente revolucionário. A influência de Niemeyer é clara, mas
eles vão além. Não necessitam de paredes, divisórias, fechamentos para
determinar os espaços. Constrõem ambientes com as curvas do piso,
com os objetos. Absolutamente minimalista, o projeto se resume a
concreto, aos vidros e aos objetos brancos de design.
Neste lugar aconteceu uma das situações mais fantásticas da minha vida.
Eu e minha turma de arquitetura do Porto encontramos sentados em uma
mesa o diretor alemão Wim Wenders e a autora do projeto Kazuyo Sejima.
Falamos com eles e acabamos tirando uma foto.
Uns meses depois na Bienal de Veneza assisti ao filme que Wenders fez
sobre o edifício. Mal sabia que quando os encontrei era este mesmo vídeo
que discutiam. Fiquei ainda mais emocionada ao relembrar tanto do lugar
quanto do encontro.
Gravuras de Hiroshige, mestre em retratar as paisagens japonesas e suas
mudanças ao longo do ano. Em seus rios e em sua topografia quase sempre
está o homem.
Achei este projeto absurdo. Acho que precisa conhecer para entender.
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