segunda-feira, 28 de março de 2011

Punta della Dogana

























A Punta della Dogana foi a primeira obra que visitei de Tadao Ando.
Lembro da emoção de finalmente poder tocar o seu concreto.

O museu foi construído como uma ampliação para o acervo do Palazzo
Grassi. Ambos abrigam uma das maiores coleções de arte contemporânea
do mundo, propriedade do francês François Pinault, empresário da moda.

O projeto de Ando, construído em 2009, parte da idéia de preservação da
estrutura original dos antigos armazéns do século XVII. Quase imperceptível
desde o exterior, somente depois de passar a porta se percebe a intervenção
do japonês. Ando segue a lógica geométrica do espaço triangular construindo
divisórias simples de concreto e reforça a tradição veneziana do pátio central
com um cubo de dupla altura no centro do museu.

Também vale a visita pelas obras expostas no interior da Punta. Quando fui
vi trabalhos de Maurizio Cattelan, Murakami, Cindy Sherman,
Rachel Whiteread entre outros.

Mas sem dúvida o mais bonito do museu é a sua localização, uma ponta
triangular que divide o Grande Canal do Canal da Giudecca. Na sua
extremidade, ao lado de uma escultura de Charles Ray se vê, de um lado,
os palácios venezianos, o campanário e a Basílica de San Marco e do outro
a ilha da Giudecca. Um lugar para passar horas, dias, sentar, desenhar, para
esquecer do tempo.




























Toda a simplicidade e pureza das cores e das formas geométricas
do suprematismo soviético de Kasimir Malevich.

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