sexta-feira, 10 de junho de 2011

Casa de Chá Restaurante Boa Nova


































É difícil acreditar que a Casa de Chá- Restaurante 
Boa Nova é uma das primeiras obras de Álvaro Siza.
Construída sobre rochas, o arquiteto soube, como poucos, enquadrar
o mar. Sua sensibilidade à luz, ao entorno, e o seu tectonismo, aspectos
tão celebrados em suas obras, já estão aqui.

Quem lhe deu a chance de mostrar tudo o que sabia foi Távora, (grande
arquiteto português) que ganhou o concurso para a construção deste
restaurante e passou o projeto para Siza, um jovem colaborador de seu
ateliê.

Logo na entrada, uma escada dá acesso ao restaurante
e à casa de chá, dispostos lado a lado. Do seu último degrau, uma faixa
panorâmica dá vista ao oceano em uma das aberturas mais bonitas que já vi.

Além de sua arquitetura, grande parte dos seus móveis e objetos foram
desenhados pelo arquiteto. Hoje, passados quase 50 anos, alguns
foram substituídos, mas muito do original foi preservado.

Vale ir pela arquitetura, pelo ambiente, para conhecer, mas também
pela comida, bem portuguesa. Bons peixes, boa carne e claro, boas batatas.






Curiosamente, em 63, ano da construção da Casa de Chá,
Jean Luc Godard gravava as cenas de ¨Le Mépris¨ uma de suas obras
maestras. Grande parte do filme, como as famosas cenas de
Brigitte Bardot tomando sol, se passa na Casa Malaparte, na ilha de Capri.
A casa também está construída sobre rochas, dá vista para o oceano e
é outra das minhas preferidas.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Roteiro Toscana. San Gimignano

























Voltando à viagem que fiz à Toscana.

Partimos de Castellina para San Gimignano, uma cidade medieval murada,
das mais bonitas que já conheci. A vista da estrada, de suas torres e muralha,
é inesquecível.

A cidade é super pequena e um dia é mais do que suficiente para conhecer
tudo. Uma curiosidade sobre as torres: para afirmar o seu poder na cidade,
as grandes famílias brigavam para ver quem construía a torre mais
alta. Para você ver como o tempo passa e os homens não mudam muito...

Minha lembrança mais clara é de sua cor de terra. Lembro da textura do
piso e das paredes de tijolo marron, com flores nas janelas. A cidade é
charmosa, acolhedora, especial.

San Gimignano também tem bons restaurantes e cafés. Na Gelateria di Piazza
comi o sorvete que ganhou o prêmio de melhor do mundo. De fato é muito
bom, mas daí a ser o melhor do mundo, não sei, sou bem exigente quanto o
assunto é sorvete...












































Como cor, ou como matéria, a terra está presente na obra do catalão
Antoni Tàpies.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Koy Shunka








Acostumada com a enorme tradição da cozinha japonesa em São Paulo, 
morando fora sinto bastante falta das idas semanais ao japonês. 
Encontrar um bom restaurante, não foi das tarefas mais fáceis. 

Aqui em Barcelona uma boa opção no estilo dos rodízios paulistanos 
são uns japoneses enormes com buffet a preço fixo. Para almoçar vale a 
pena. Tem várias opções de legumes, peixes e carnes que eles preparam na 
chapa. Servem também sushi, sashimi, salada e pratos quentes. Eles costumam 
ser baratos e de qualidade.

Mas, para quem procura um japonês mais especial, com peixes, cortes e 
pratos diferentes, recomendo o Koy Shunka. Neste restaurante tudo é 
extremamente bem cuidado, da comida, a arquitetura, da louça, ao paninho 
de limpar as mãos que ¨cresce¨ com um pouco de água quente. Tudo no 
estilo japonês, discreto e preciso. 





Contrariando o que dizia dos japoneses, Araki é do tipo nada discreto.
Com exceção desta série com fotografias de sua mulher Yoko, ele 
choca com imagens de mulheres amarradas, animais, flores e comidas.