Mais um programa para quem está em Barcelona e quer passar o dia fora.
Para quem gosta muito de comer e se dispõe a gastar com isto, recomendo
O restaurante fica em Girona, uma cidade super bonita a uma hora e
pouco de Barcelona. O ideal é ir passar o dia e almoçar ou jantar por lá,
ou para quem tem vôos que saem do aeroporto da cidade.
O nome do restaurante significa em catalão a adega da casa dos Roca.
Os Roca, ou os ¨pedra¨, são três irmãos, cada um com um papel e uma
especialidade: Josep, os vinhos, Joan, a cozinha e Jordi a pasteleria.
É necessário reservar porque o Celler tem três estelas no guia Michellin,
cotaçao máxima. Alí eles servem uma cozinha contemporânea espanhola.
Confesso que tenho um pouco de receio dos experimentos desta corrente
culinária, mas gostei muito das coisas que comi e não achei nada muito
estranho. Pedimos o menu degustação menor, com os clássicos da casa.
Duas coisas me impressionaram, uma das entradas, uma torta com foie
gras envolvida em lâminas de maçã e umas das sobremesas, uma espécie
de algodão doce com mousse de iogurte no fundo.
Sua planta é triangular com um pátio interno para onde todos os ambientes
se voltam, os três vértices fazem referência aos irmãos Roca.
O pátio divide o espaço sem o uso de móveis ou paredes, cria uma
separação entre as mesas, além de iluminar todo o ambiente e deixar o
verde entrar.
O design dos pratos, talheres, copos, cardápios até o mobiliário estilo
anos 50, tudo é impecável. Me lembrou muito o filme do estilista Tom Ford.
Fora isso, a arrumaçao dos pratos é a mais bonita que vi até hoje.
Minimalistas e precisos.
Em cima de todas as mesas um detalhe, três pedras da região. A pedra está
em tudo, menos nas carnes, hiper macias. O ponto forte do restaurante que
é famoso por utilizar métodos de cocção a vácuo.
Imagens do projeto ¨7000 oaks¨ do artista conceitual alemão
Joseph Beuys.
Na exposição Documenta 7 que aconteceu na cidade de Kassel na Alemanha,
o artista colocou em frente ao museu Fredericianum 7000 colunas de basalto.
Segundo seu projeto, cada pedra retirada deveria corresponder a uma nova
árvore plantada na cidade.
Após 5 anos de projeto, a última árvore foi plantada na abertura da
Documenta 8 em 1987.
Beuys desejava expandir o ato para o resto do mundo e há alguns anos a Dia
Art Foundation o recomeçou e como no projeto do alemão, ao lado de cada
nova árvore tem uma coluna de basalto.